quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Mudança(s)



Outrora almejei ser futebolista
Tentei...treinei...e o sonho esfumou-se
As mágoas tornaram-me artista
Da poesia que, com o tempo clarificou-se

Refugiava-me nas noites silenciosas
Para relatar um passado obscuro
Comecei, com quadras amorosas
Disfarçando o meu lado mais puro

Foram anos a fio
A sofrer sem fim
Hoje...até eu mesmo me arrepio
Quando, releio a poesia que há mim

Perto de mais um aniversário
Vivo, o que sempre sonhei
Moldei todo um cenário
Onde em tempos, não fui eu o rei

Longe da precariedade
Que...em tempos habitei
Sou dono e senhor, de uma estabilidade
Que em tempos eu supliquei

Alimento a sonho da paternidade
Sonho esse...que o tempo não destrói
Sonho que alguém, um dia pleno de ingenuidade
Me diga "pai tu és o meu herói"



terça-feira, 1 de setembro de 2015

Luta(s) Eficaz(es)



Ainda na puberdade
Pensava, estar perto do fim
Embora, com o passar da idade
Algo floresce-se em mim

Mais um dia acabado
E respirava, eu de alivio
Vivia totalmente enclausurado
Diante de um precipício

Cresci, e sorrateiramente
Fiz-me o homem, fiz-me senhor !
Força de um sentimento, efervescente
Desconhecendo eu, o seu teor

Vivo...respiro, tranquilamente
O ar, que outrora custou a inalar
Culpa de um ser indecente
Que durante anos, quis-me ignorar

Procuro no futuro
Viver em paz, de espirito
Ser totalmente puro
E lutar, pelo que acredito

Serei sempre um abençoado
Por não me faltar nada
Tenho sempre, a meu lado
Aquilo que outrora, chamei de fada