segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Caras



Aparenta-se uma riqueza
De bradar aos céus
Onde o poder, de uma falsa pureza
Leva à recusa, em se tornarem réus

Donos de uma, memória fraca
Retornam aos inícios
Onde a língua, mais afiada que uma faca
Faz, esquecer todos os princípios

Falam-se umas tantas mentiras
Para não, se dizerem verdades
Fingem tantas iras
Mesmo, com o avanço das idades

Suplicam por fé
Sem fé, alguma
Isto é como dar, um tiro no pé
Sem dor nenhuma

Sustentados por olhares
Todos eles galanteadores
Exibem a ignorância aos pares
Assim, como os falsos amores

Tudo se têm
Sem nada possuir
Dizem-se igual, a ninguém
Passando, uma vida a fugir

Tarde sentem o peso
Que, numa vida de falsidades
É se, impossível sair-se ileso
Por mais, que se sintam as verdades

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Falsa Boémia




No meio de quatro paredes
Bem no meio do colchão
Múltiplas sãos as vezes
Que, procuram o meu coração

Sussurros ao ouvido
Onde palavras, têm objectivos
Palavras, das quais eu duvido
E tantos, são os motivos

Atraído por diferentes formas
Perco-me entre corpos esculturais
Saindo, assim das normas
Trespasso, os meus ideais
Pretendem brilhar comigo
Embora, não pretenda eu brilhar
Fingem-me, ser um porto de abrigo
Para numa mentira eu mergulhar

Onde só, serei feliz
Com uma companhia feminina
Para que, por um triz
A minha tristeza, não seja uma mina

Telefonemas após telefonemas
Procuram companhia casual
Para, assim resolver os meus dilemas
Através de uma sessão de terapia sexual