domingo, 23 de março de 2014

Justiça Poética


Outrora quis desistir
De toda...uma vida
Destinada a ruir
Com o crescer, da ferida

As constantes lágrimas
Os motivos constantes
Incitaram, a páginas
De poesias, tocantes

Foram madrugadas loucas
Onde, as horas dormidas
Eram sempre poucas
Para o criar, de quadras desmedidas

Hoje, choro novamente
Por tamanho contentamento
Lágrimas de quem, felizmente
Se ergue, com um talento

Aplausos, e uns tantos reconhecimentos
Elevam todo um senhor
Que, através dos seus ressentimentos
Criou um novo amor

domingo, 9 de março de 2014

Opções


Num estado, de confusão
Acordei eu, lentamente
Onde a madrugada, de forte paixão
Foi algo, inconsciente

Totalmente entorpecido
A minha mente, fraqueja
Quando o coração, corrompido
Vê a metade, que almeja

(Re)penso em partir
Numa outra hora
Sem destino, a cumprir
E a partida...poderia ser já agora

O que importa afinal ?
Ser jovem e galante...
Ter o bem, sobre o mal ?
Ou deixar toda uma obra, marcante ?

Pensava tudo ter
Imaginava, todo um futuro
Que contigo, viria a viver
Onde, tudo seria puro

Agora, todos os amores
Tornaram-se físicos
Perdi a noção, das cores
Para contentamento, dos críticos

domingo, 2 de março de 2014

Boémia


Rompi tradições
Estilhacei normas
Hoje...despedaço corações
De variadas formas
 
Entristeci compulsivamente
Por um coração, já preenchido
E hoje...no meu presente
Dou-me por boêmio, não assumido
 
Procurei as facilidades
Para sempre...e sempre esquecer
Que as dificuldades
Fizeram-me sofrer
 
Madrugada fora
Deixo fragilidades, imaculadas
Devido, a quem outrora
Era dona, das minhas quadras
 
Hoje...mal o sol, foi posto
Vesti-me instantaneamente
Com receio, de que o novo rosto
Criasse, algo efervescente
 
Dono...de uma mágoa transversal
Mandarei foder
Qualquer poesia, sentimental
Com receio, que o coração possa ceder