quinta-feira, 17 de maio de 2012

F.O.M.E.

Decidi denominar este poema com as iniciais F.O.M.E. (Fome Obscura Miséria Esquecimento) tudo isto porque eu considero que as pessoas que vivem na rua, para além de passarem necessidades são olhadas de lado, quando algumas tem o dobro da nossa vivencia e o dobro da nossa sabedoria :



É o fogo que aquece
A alma, que no frio da noite arrefece
Só o olhar, não tira o sofrimento
De quem caiu no esquecimento


Ignorados pela a sociedade
São olhados, sem existir o peso da igualdade
Ora se é rude em olhar de lado
Ou se é rude, por estar isolado


É na lua, que se vê a companhia
No alto da noite fria
Assim que a lua se ergue
Uma réstia de esperança, se emerge


Porque se após a tempestade, vem a bonança
Apos a lua, vem uma nova esperança
Se ontem o dia foi pior
Então o amanhã, será melhor


De pouco vale o passado
Quando o presente, passa ao lado
Nada preenche a alma vazia
Quando, não se acredita, no que se vivencia


Pobre ou rico, há que saber viver
Sê forte, e acredita na crença do teu crer
Porque se não formos os primeiros acreditar
Então, tudo ao teu redor te irá ignorar...