quarta-feira, 18 de março de 2015

Amor Hipotecado



Tendia a ser promissor
Com casamento já em vista
Assim, se construía aquele amor
Que alimentava, o ego do artista
 
Hipotequei um futuro promissor
Somente por ti
Hoje, o que procuro
É hipotecar, ficares aqui
 
Não me arrependo
De te ter tido
Porque, o que me vai doendo
É o que me mantem crescido
 
Hoje rendo-me á tendência
Que ao ser feliz sozinho
Não irei estar na decadência
E saberei trilhar o meu caminho
 
Corto, nas lágrimas derramadas
Para apaziguar uma alma
Que com as tuas palavras
Ficou tudo, menos calma
 
Recordo, o que passei
Não o que por ti sentia
Sei que em tempos errei
Ao tornar-te musa da minha poesia

terça-feira, 10 de março de 2015

(I)Maturidade



Algures no meu passado 
Fui feliz por te ter
Era constantemente consolado
Sem to ser preciso dizer

O tempo desgastou
O que parecia não ter desgaste
A minha dor voltou
Desde o dia, em que te ausentas-te

Voltas no frio da madrugada
E eu, carente de beijos e abraços
Entrego-te uma alma imaculada
Apesar, dos teus inúmeros fracassos

Mais maduro, na maneira de viver
Penso, e repenso nesta vida conjugal
Dei-te,  o que nunca cheguei a receber
Sem pensar eu, estar a agir mal

Negligencias-te um ser genuíno
Que te amava de verdade
Teria uma cara de menino
Mas o mundo enfrentou, pela tua falsa amabilidade

Já nada resolvera
Este sentimento corrompido
Hoje aqui estou, amanha assim não será
E espero, partir de coração resolvido